29/12/2023

Ao exaltar a unidade do Espírito Santo (Efésios 4:5), Paulo afirmou a existência de “um só batismo”, e aí vemos a importância de estudarmos os significados etimológicos. “As palavras "batizar" e “batismo” vêm da raiz grega baptizõ, “imergir”. A raiz baptizõ é usada mais de 60 vezes para designar o batismo de pessoas por imersão para o arrependimento, como no batismo de João ou, depois da ressurreição, o batismo em Cristo”.[4] Além disso, alguns detalhes no texto bíblico demonstram a necessidade de água suficiente para a imersão.

Por exemplo: “batizado Jesus, saiu logo da água” (Mateus 3:16); e João batizou em Enom, perto de Salim, “porque havia ali muitas águas” (João 3:23). Em Atos 8:38 e 39, tanto Filipe quanto o eunuco desceram à água e dela saíram.[5] Vale destacar que temos um Modelo suficiente para imitar: Jesus. E pelas evidências bíblicas, Seu batismo foi por imersão (Efésios 4:3; Mateus 3:16). Já cerimônias por aspersão, efusão ou mesmo por imersão parcial não se harmonizam com a teologia bíblica do batismo.[6]

A ação do Espírito Santo

Em resposta à atuação convertedora do Espírito, o batismo é realizado em nome de toda a Trindade. Assim foi ordenado por Cristo (Mateus 28:19). Além disso, esta é também uma condição para a entrada no Reino de Deus (João 3:5) . “Fazendo do batismo o sinal de entrada para o Seu reino espiritual, Cristo o estabeleceu como condição positiva à qual têm de atender os que desejam ser reconhecidos como estando sob a jurisdição do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.[7]

Jesus também revela a unidade do batismo nas águas com o batismo do Espírito Santo, o qual desceu sobre Ele tão logo foi batizado no rio Jordão (Mateus 3:13-17; Lucas 3:21, 22; Atos 10:38). Assim também aconteceu na igreja apostólica (Atos 2:38; 9:17, 18; 10:44-48). De acordo com Bruner, em Atos 8, no batismo do eunuco, “o Espírito Santo marcou o encontro (vs. 29),  terminou-o (vs. 39ª), e foi provavelmente a origem do júbilo (chairon) do eunuco a caminho do lar, pois em vários lugares do Novo Testamento a alegria é considerada um fruto especial do Espírito”. [8]

É correto afirmar que “o Espírito Santo pode vir imediatamente antes do batismo (pelo menos nesta única ocorrência – Atos 10:44-48), imediatamente depois do batismo (cf. Atos 19:5, 6) ou juntamente com o batismo (Atos 2:38), mas nunca, em qualquer parte do Novo Testamento depois do Pentecoste, à parte do batismo”.[9] Por sua vez, Marshall também declara coerentemente: “Pode-se dizer com segurança que o Novo Testamento não reconhece a possibilidade de alguém ser cristão sem possuir o Espírito (João 3:5; Atos 11:17; Romanos 8:9; 1 Coríntios 12:3; Gálatas 3:2; 1 Tessalonicenses 1:5-6; Tito 3:5; Hebreus 6:4; 1 Pedro 1:2; 1 João 3:24; 4:13)”.[10]

Fonte: https://noticias.adventistas.org/pt/coluna/wilson.borba/batismo-e-rebatismo/

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